quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Veneno à conta gotas





Eu apenas gostaria de pelo menos em algum momento, fingir que nunca o conheci,
E esquecer-me que o suave som das tuas palavras, acariciaram os meus ouvidos
No frenesi desses anseios me encontro perdida sonhando com um dia que habita na distância do inalcançável
E nisso infindáveis minutos transcorrem-se em demasiada lentidão
Mas afinal de contas, o que faço com tudo isso?
Já que o tempo tornou-se meu grande e principal inimigo
As janelas da esperança cerraram-se a mim, configurando-me no ser mais sequioso de tudo o que envolve a tua afeição
Não há nada mais imperfeito nesse mundo, do que sonhar com uma perfeição inexistente
Como é duro desfrutar a tua ausência
Como é insuportável a dor da incapacidade de alcançá-lo
Ás vezes penso que estou ficando louca, mas o que seria dos grandes amores avassaladores se não fossem os delírios desvairados de um sonhador qualquer
Entre tatos acontecimentos que compõem a vida desta desenfreada criatura, poucos mereciam tanta atenção, quanto aquele maldito dia em que este miserável e perdido olhar vislumbrou-se em você
Acredito piamente que as casualidades não existam nessa vida
Pois por mais insignificante seja o contato que estabelecemos com alguém, encontros só são possíveis com aqueles que necessitamos mesmo que indiretamente amar.
Mas como manter-se inteiro perante aos destroços que certos encontros nos impingiram?
Sabe...eu gostaria apenas desdobrar-me de minha carne para que em espírito pudesse ir ao teu encontro, e mesmo que você ignorasse minha presença, eu estaria ali de prontidão para vela o teu sono.
Mas enquanto levo os fardos das dores dessa vida continuo a lembrar-me de ti a fim de amenizar os efeitos do veneno que me mata pouco a pouco e a cada dia.

2 comentários:

  1. Boa tarde, Clau.

    Nossa... Que triste!
    Tomara que você se refaça. Que Deus lhe dê muitas alegrias.

    Um abraço.
    Maria Auxiliadora (Amapola)

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  2. Oi,
    "...No frenesi desses anseios me encontro perdida sonhando com um dia que habita na distância do inalcançável
    E nisso infindáveis minutos transcorrem-se em demasiada lentidão
    Mas afinal de contas, o que faço com tudo isso?"

    Vou lhe contar um segredo. Há tempos vivo com essa pergunta,e a única maneira que encontrei de suportar todos esses longos dias que nasceram depois daquele momento é... continuar de olhos fechados e mentalizando sempre no impossivel, porque nos nossos sonhos eles podem ser reais mesmo que apenas por alguns intantes.

    Gosto da maneira como vc faz o seu tão profundo e necessitado desabafo. Tambem já a sigo.

    Beijos

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