quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Devaneios




Eu queria ter o dom de sentir o amor
Sem vícios e sem dor
Construir estruturas inabaláveis com a maestria de sentimentos calculados
Poder esquecer tudo aquilo que me faz infeliz
Compreender que nem tudo nessa longa vida
Pode ser feito da maneira que se espera
E nem com a beleza que se contempla em uma flor-de-lis
O tempo é curto, para aqueles que possuem o tesouro da paz
E demasiado, a todos que vivem no limo da ilusão.
As coisas não vêm fáceis
Aprendi bem minha lição
Mas o que esperar quando a miragem se desfaz?
Reconstruir-se é preciso
Dar-se uma nova oportunidade,
Poder passar a limpo todos os erros,
De uma existência onde personagens misturam os papéis.
Ser aquela que se permite sonhar,
 No entanto, com a certeza de realizar
Mas para tanto, faltam doses a menos de juízo,
culpa, dor e memória completa de pesar.
Com isso, mais uma alma habita na escuridão,
Sonhando com as paixões mundanas
que dilaceram os corações daqueles que as detêm.

Um comentário:

  1. Bom dia, querida amiga Clau.

    Belo texto.
    Com o passar do tempo, vê-se que todo mundo é complexo... inacabado!
    Parece que somos mesmo, uma "metamorfose ambulante" como diz o grande Raul Seixas, na sua música.

    Um grande abraço.

    Maria (Amapola)

    ResponderExcluir