Eu queria ter o dom de sentir o amor
Sem vícios e sem dor
Construir estruturas inabaláveis com a maestria de sentimentos calculados
Poder esquecer tudo aquilo que me faz infeliz
Compreender que nem tudo nessa longa vida
Pode ser feito da maneira que se espera
E nem com a beleza que se contempla em uma flor-de-lis
O tempo é curto, para aqueles que possuem o tesouro da paz
E demasiado, a todos que vivem no limo da ilusão.
As coisas não vêm fáceis
Aprendi bem minha lição
Mas o que esperar quando a miragem se desfaz?
Reconstruir-se é preciso
Dar-se uma nova oportunidade,
Poder passar a limpo todos os erros,
De uma existência onde personagens misturam os papéis.
Ser aquela que se permite sonhar,
No entanto, com a certeza de realizar
Mas para tanto, faltam doses a menos de juízo,
culpa, dor e memória completa de pesar.
Com isso, mais uma alma habita na escuridão,
Sonhando com as paixões mundanas
que dilaceram os corações daqueles que as detêm.
Bom dia, querida amiga Clau.
ResponderExcluirBelo texto.
Com o passar do tempo, vê-se que todo mundo é complexo... inacabado!
Parece que somos mesmo, uma "metamorfose ambulante" como diz o grande Raul Seixas, na sua música.
Um grande abraço.
Maria (Amapola)